O saldo final do encontro desta sexta-feira entre a presidente Dilma Rousseff e Joseph Blatter, presidente da Fifa, não foi muito além do êxito em retomar as conversações entre o governo brasileiro e a entidade máxima do futebol mundial. De prático, porém, tudo que Blatter vai levar de volta para a Suíça é a promessa de mais audiências com Dilma, e, ainda assim, sem data definida.
Após uma hora de conversa no Palácio do Planalto, Blatter não saiu com a garantia de que bebidas alcóolicas serão vendidas durante o Mundial, não diminuiu a desconfiança do governo brasileiro em relação à entidade esportiva e não eliminou as restrições a seu secretário-geral, que semanas atrás recomendou um nada diplomático “chute no traseiro” do Brasil por conta dos atrasos em obras relativas à Copa.
Quando será o próximo encontro? “Quando ela (a presidente Dilma) estiver na Europa, eu irei. Se estiver no Brasil, virei”, afirmou Blatter, após um almoço concedido pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
Mais cedo, logo após a conversa na sede do governo, o suíço tentou mostrar algum otimismo, com uma dose de cobrança por colaboração entre Fifa e Brasil. “Já era hora de o presidente da Fifa ter uma reunião com a presidente do Brasil”, disse o cartola, ao lado do embaixador da Copa, Pelé, e do ex-jogador Ronaldo, membro do Comitê Organizador Local (COL). “Concluímos que precisamos trabalhar juntos, de mãos dadas.”
Nem os governistas sabem explicar se há ou não um acordo assinado com a Fifa para a venda de bebidas alcóolicas no Mundial. A visita de Blatter não serviu para colocar ponto final no assunto e várias saídas legislativas estão sendo cogitadas para resolver o assunto. Entre elas, uma solução fácil para o Palácio do Planalto e difícil para a entidade esportiva: não proibir nem autorizar a venda, de forma que os Estados-sede decidam o que farão.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, foi exaltado por Blatter como o seu principal interlocutor para a Copa. E o comunista tampouco garantiu que o Mundial será realizado nos parâmetros que a Fifa deseja. “O governo vai confiar na decisão da Câmara”, afirmou, depois do almoço com o dirigente. Ainda assim, ele reafirmou que “todas as exigências serão cumpridas”.
O novo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se disse pessoalmente contrário à venda de bebidas em estádios. Mas admitiu trabalhar pela decisão do governo, em respeito aos acordos assinados, sem dar mais detalhes. Na comparação com a última visita de Valcke ao Brasil, em novembro, quando as mesmas declarações eram dadas sob um pouco menos de tensão, a diferença parece ter sido Pelé.
“Disse à presidente Dilma para não me chamar de ministro, é para me chamar de bombeiro, para apagar as fogueiras. É isso que estou fazendo”, afirmou. O ex-jogador ocupou a pasta dos Esportes no governo de Fernando Henrique Cardoso. Se tudo que Blatter conseguiu é a promessa de mais reuniões, o Rei do Futebol também poderá atuar secretário bilingue.
E dopo tutta questa fatica, tutti a casa di Marco Maia, presidente della Camera dei Deputati, per un bel churrasco. Viva o Brasil!
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ARMF
1 hora atrás
É impressionante, a maior parte dos nossos "governantes" faz de tudo para nosso país retroceder: impostos abusivos, burocracia absurda, desvios de bilhões de reais do dinheiro público, promessas que são facilmente esquecidas, descaso total com aqueles que os elegeram!! Que nojo!! Revolta total!! ACORDA BRASIL!!
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TA BARATO PRA CARAMBA
1 hora atrás
As pessoas estão morrendo pelas ruas vitimas da violencia, nossos governantes não estão fazendo nada para mudar esta situação, no entanto eles estão preocupados em votar a REGRA GERAL DA FIFA, a cada dia estou mais envergonhado em ser brasileiro se é que brasileiro significa alguma coisa o Brasil.
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flavio silvani
1 hora atrás
No Brasil os assuntos governamentais funcionam assim: nenhum compromisso assumido e quando por acidente alguma promessa é feita, é convenientemente esquecida. Político brasileiro não admite cobranças. A verdade é que o chute no traseiro era merecido. Mas isso ofende a dignidade do pseudo honesto político brasileiro. Quem quer apostar que as obras necessárias à realização do Mundial não ficarão prontas?
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Fransax
1 hora atrás
Lembrem-se senhores políticos! Da presidente da república até o suplente de vereador da menor cidade do país e passando por todos os ministros, deputados federais e senadores. Vocês são culpados por esta situação absurda que vivemos.
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cucciolo
1 hora atrás
sera que os brasileiros nao enxergam que ja esta uma vergonha essa demora em acertar as regras, no sistema aero, no ferroviario e de que o brasil ja sabia deste vento a anos atras e nao se apressou em adiantar as obras?. sera que nao existe seriedade e responsabilidade por parte dos politicos? porque sera que deixam tudo para ultima hora? ate quando seremos assim?
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fonte: UOL